Imagem: Fernando Pessoa por Almada Negreiros |
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(Fernando Pessoa)
Fernando Pessoa
Fernando
António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro
de 1935) foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário,
astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e
comentarista político português.
Enquanto
poeta, escreveu sob diversas personalidades – heterónimos, como Ricardo Reis,
Álvaro de Campos e Alberto Caeiro –, sendo estes últimos objeto da maior parte
dos estudos sobre a sua vida e obra.
Fonte: Wikipédia
Fonte: Wikipédia
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